Desvendando o DIU: segurança e eficácia para todas as mulheres

O uso de métodos contraceptivos é uma das formas encontradas para o controle de natalidade, a partir do planejamento familiar e acesso à saúde e educação sexual.

A busca por métodos contraceptivos cada vez mais seguros e eficientes torna-se constante entre mulheres que não desejam engravidar e querem evitar uma gravidez indesejada.

O Dispositivo Intrauterino, mais conhecido apenas como DIU, é uma opção contraceptiva popular e com muitas adeptas. No entanto, o DIU ainda provoca dúvidas, inclusive, minhas pacientes sempre trazem questionamentos em relação a ele.

Se você também tem dúvidas sobre o DIU, continue lendo este artigo! 

Entendendo o DIU

Existem dois tipos de DIU disponíveis no mercado: o DIU hormonal e o DIU não-hormonal. Ambos possuem um taxa de falha menor que outros contraceptivos como pílulas anticoncepcionais e preservativos (camisinha feminina e masculina).

Cada DIU, seja hormonal ou não, será indicado de acordo com a necessidade da paciente. Ou seja, iremos fazer uma avaliação para que o DIU seja escolhido antes da sua inserção levando em consideração a expectativa e o histórico da paciente.

Os dois tipos agem de maneira semelhante ao impedir a passagem do espermatozoide e evitando a fecundação do óvulo.

Por liberar doses baixas de progesterona, o DIU hormonal provoca uma alteração no ciclo menstrual, reduzindo ou parando a menstruação durante o seu uso.

Além de evitar uma gravidez indesejada, ele também auxilia no alívio dos sintomas da menstruação como cólicas fortes e fluxo menstrual alto. Vale lembrar que muitas vezes, pode ser indicado para mulheres com endometriose.

Já o DIU não-hormonal, não irá interferir diretamente no ciclo menstrual, ou seja, não vai atuar como o DIU hormonal na redução dos sintomas menstruais.

Segurança do DIU

Tanto o DIU não-hormonal quanto o DIU hormonal trazem uma eficiência de mais de 99%. O DIU hormonal pode chegar a 99,8% de eficácia. Até mesmo a laqueadura é inferior ao DIU.

Outro ponto importante é a praticidade do DIU, tendo em vista que a mulher pode passar uma média de três anos com o DIU, sem precisar trocá-lo ou se preocupar com o medicamento todos os dias (como a pílula anticoncepcional).

Em contrapartida, muito se fala sobre riscos e efeitos colaterais associados ao DIU, como expulsão do dispositivo, ciclos menstruais mais intensos, perfuração uterina e infecções.

São situações possíveis, de fato, mas raras. Independente dos problemas citados acima, quando observado ou indicado alguma alteração no DIU, o ginecologista deve ser acionado para avaliar e buscar soluções para resolução do problema.

Quem pode usar o DIU

Para uma mulher utilizar o DIU com método contraceptivo, como falei acima, levamos em consideração suas necessidades. Outros pontos como histórico médico, idade e saúde uterina, serão avaliados.

Será realizada uma avaliação médica prévia antes de decidir sobre o uso do DIU, além de uma conversa aberta acerca das vantagens e desvantagens do dispositivo.

O DIU é uma ótima alternativa para quem deseja prevenir uma gravidez indesejada, mas quem quer manter a reversibilidade, caso mude de opinião sobre engravidar.

 

Quer saber mais sobre o DIU e outros métodos contraceptivos? Para mais conteúdos como este, leia outros artigos no nosso blog e acesse o meu Instagram @paulaangelicalopes

 

Sobre o(a) autor(a): Dra. Paula Angélica Lopes
Picture of Dra. Paula Angélica Lopes
Ginecologista e obstetra formada em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) com residência médica de Ginecologia e Obstetrícia na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC/UFRN).
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