Entendendo a obesidade além das calorias

Olhar para a obesidade além das calorias nos faz perceber como essa condição, que atinge a saúde de milhões de pessoas em todo o mundo, é muito mais complexa do que imaginamos.

Embora o balanço calórico — comer menos e gastar mais — seja uma estratégia básica para a perda de peso, ele não explica completamente a natureza multifatorial da obesidade.

Existem outros vários fatores que impactam nisso tudo e obesidade além das calorias é o nosso assunto da vez. Aqui vamos explorar a obesidade sob uma perspectiva que revela como os hormônios desempenham papéis cruciais no controle do peso e como estratégias além das dietas!

Qual é o papel dos medicamentos no tratamento da obesidade?

A influência dos hormônios na obesidade

O corpo humano possui uma série de hormônios que regulam o apetite, o armazenamento de gordura e o gasto energético. E é preciso entender cada um para saber do seu comportamento…

A insulina, por exemplo, é essencial para regular os níveis de glicose no sangue e promover o armazenamento de gordura. Quando em níveis elevados, ela facilita o acúmulo de gordura corporal, tornando a perda de peso mais difícil.

Já a leptina, conhecida como o “hormônio da saciedade”, é produzida pelas células de gordura e sinaliza ao cérebro quando estamos saciados. Em pessoas com obesidade, o cérebro pode se tornar menos sensível à leptina, levando à resistência, o que resulta em um apetite maior e em menor controle do consumo alimentar.

  Enquanto isso, o cortisol, popularmente chamado de “hormônio do estresse”, em níveis altos, pode aumentar o acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal. O estresse crônico eleva os níveis de cortisol, o que pode desencadear o ganho de peso, mesmo que a ingestão calórica esteja controlada.

Esses hormônios demonstram como o ganho de peso não depende apenas do que comemos, mas de como nosso corpo responde a esses alimentos. Por isso, você precisa entender que o papel hormonal é crucial para uma abordagem eficaz contra a obesidade!

Mulher na médica pensando a obesidade além das calorias

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As estratégias para tratar a obesidade

Você deve saber que dieta e exercício físico são muito importantes, mas a endocrinologia oferece outras estratégias que podem auxiliar ainda mais para tratar a obesidade além das calorias. E algumas dessas abordagens incluem ações como…

Terapias Hormonais

Em casos onde há desequilíbrio hormonal, a reposição ou ajuste de hormônios pode ser uma estratégia eficaz. A terapia com hormônios da tireoide, por exemplo, pode ajudar pacientes com hipotireoidismo a regular o metabolismo e facilitar a perda de peso.

Medicamentos para controle do apetite e do metabolismo

Medicamentos que ajudam a regular a insulina ou controlar o apetite podem ser indicados para pessoas que não conseguem emagrecer apenas com dieta e exercícios. Essas medicações, porém, precisam ser prescritas e monitoradas por um endocrinologista, garantindo que o tratamento seja seguro e eficaz.

 

Deu para ver como é importante olhar a obesidade além das calorias?

Ter tudo isso em mente te faz ver como a obesidade envolve um conjunto complexo de fatores hormonais e metabólicos que precisam ser considerados para um tratamento eficaz.

E somente uma abordagem ampla e interdisciplinar, com o acompanhamento de especialistas, pode ajudar no controle da obesidade, equilibrando o corpo e melhorando a saúde como um todo!

Se você está enfrentando dificuldades para emagrecer, procure um endocrinologista para avaliar possíveis desequilíbrios hormonais e definir um plano de tratamento personalizado que considere suas necessidades únicas e ajude você a alcançar o bem-estar.

É assim, olhando para obesidade além das calorias que você pode promover o melhor para sua saúde!

Esse conteúdo tirou suas dúvidas? Me acompanhe no Instagram e mantenha-se bem informado: @tallitavieiraendocrino.

Sobre o(a) autor(a): Dra. Tallita Vieira
Picture of Dra. Tallita Vieira
Médica Endocrinologista graduada pela UFCG. Realizou residência em Clínica Médica no IMIP, em Recife/PE e, em seguida, residência médica em Endocrinologia e Metabologia no HUOL/UFRN
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