Você se considera uma pessoa adulta ansiosa? Se sim, você sente dificuldade em lidar com isso? A partir desses questionamentos, podemos refletir sobre um assunto bem importante: a ansiedade na infância. 

Se para um adulto já é difícil lidar com as emoções, imagine uma criança? Pois é, o sentimento de ansiedade é considerado até normal e comum na vida de uma pessoa, entretanto, quando isso impede de realizar atividades do dia a dia, torna-se um transtorno de ansiedade. 

Ansiedade na infância 

Nesse sentido, de acordo com um estudo realizado pelo professor Fernando Asbahr, da Faculdade de Medicina da USP, cerca de 10% de todas as crianças e adolescentes têm ou terão algum tipo de nível de ansiedade.

Os medos, as angústias e as preocupações da criança, quando não tratados com atenção, podem ser fatores de riscos para uma pessoa ter problemas psicológicos na fase adulta. 

Com a campanha do Setembro Amarelo, podemos ter um espaço para discutir e informar ainda mais acerca desta temática. 

Quais são os sintomas?

Os sintomas da ansiedade em crianças são semelhantes aos dos adultos, no entanto, por falta de entendimento, não consegue compreender sozinha o que está acontecendo. 

Portanto, nesse sentido, a observação e os cuidados dos pais e dos responsáveis devem ser redobrados nos primeiros anos de vida. Pois, assim, o desenvolvimento emocional e social da criança não será prejudicado.

Observe se a criança apresenta:

• Tonturas 
• Dores de cabeça 
• Oscilação de humor 
• Apatia ou irritabilidade 
• Retraimento social 
• Dificuldades no sono
• Medo e preocupações excessivas 
• Alterações no apetite
• Vermelhidão e coceira na pele 
• Desmotivação 
• Queda do rendimento escolar

A partir desses sintomas, é necessário realizar uma avaliação psicológica com um profissional especializado. Dessa forma, caso a criança seja diagnosticada com transtorno de ansiedade, um tratamento apropriado será iniciado. 

Como tratar a ansiedade em crianças?

Do mesmo jeito que o adulto precisa de apoio psicológico, com a criança não seria diferente. Além do acompanhamento pediátrico, o psicológico também é fundamental, principalmente se apresenta alguns dos sintomas citados acima.

Um ponto fundamental a ser analisado é a frequência e intensidade dos sintomas. É algo prolongado? Acontece frequentemente? Procure um profissional especializado em tratamentos de crianças, um neuropediatra ou um psiquiatra. 

Como ajudar a criança a controlar a ansiedade?

Além da psicoterapia, alguns hábitos saudáveis dentro da rotina podem contribuir no controle da ansiedade em crianças. 

• Inclua uma alimentação saudável 
• Converse sobre sentimentos 
• Incentive a prática de esportes 
• Proponha atividades e passeios ao ar livre
• Diminua o acesso aos smartphones, tablets e computadores 
• Pratique atividades lúdicas, leves e educativas
• Dê valor para o que a criança está sentindo, apoie e acolha

A criança precisa entender que não está sozinha, principalmente quando se encontra em crise de ansiedade. É um momento delicado e, muitas vezes, complicado de ser compreendido por elas mesmas. Converse, observe, acolha e escute o seu filho. 

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