Na infância, a saúde dos pequenos costuma receber grande atenção dos pais. Isso porque nessa fase, além das doenças mais comuns como a gripe passageira ou resfriado, outros problemas podem surgir e impactar negativamente o crescimento dos pequenos. Entre eles, está a acne que ocorre pela inflamação ou infecção das glândulas sebáceas na base dos pelos. 

Nas crianças menores de 10 anos essa condição recebe o nome de acne pediátrica e divide-se em  quatro tipos: acne neonatal, acne infantil, acne da meia-infância e acne pré-adolescente. Nesse sentido é fundamental entender sobre cada uma, visto  que a presença dessa inflamação dermatológica pode levar não só ao agravamento na saúde da pele quanto a problemas na autoestima dos jovens.

Acne neonatal

Bebê

A acne infantil acontece em crianças de 1 mês a 1 ano de vida, sendo recorrente tanto no sexo feminino quanto masculino. Assim como na fase neonatal, ela também está associada ao histórico familiar e pode, ainda, indicar maiores chances do surgimento do problema na adolescência. 

Na infância, a acne é resultado da produção elevada dos hormônios androgênicos – principais hormônios masculinos e geralmente representados pela testosterona – pelas suprarrenais. Geralmente, pode ocorrer cura natural até os 2 anos de idade, mas há grande possibilidade de uma permanência até a fase da adolescência, quando a condição passa a ser mais inflamatória e leva a presença de cistos nas bochechas. 

Acne da meia infância

Médio e paciente criança

Nos pequeno(a)s com 1 a 7 anos de idade, a acne da meia-infância apresenta as mesmas características do problema na fase infantil. Apesar disso, ela pode ser mais inflamatória e possui maiores chances de gerar cicatrizes atróficas na pele das crianças, ou seja, os famosos buraquinhos/relevos na pele que identificam a acne.

Acne pré-adolescente

Adolescente segurando e se olhando no espelho

Ocorre, na maioria das vezes, em razão da puberdade precoce e atinge crianças na faixa-etária entre 7 a 12 anos de idade. Os sintomas são semelhantes aos aspectos do problema na adolescência e idade adulta jovem. 

Além disso, na pré-adolescência, tanto as glândulas sebáceas da pele dos meninos quanto das meninas são mais sensíveis na resposta à quantidade comum dos hormônios sexuais circulantes, o que leva ao aumento na produção de sebo e, por consequência, o surgimento das lesões acneicas. 

Quais são os tipos de tratamento?

Médico e criança

Ainda que a acne possa melhorar naturalmente, os casos de uma permanência ou agravamento do problema são recorrentes. Por isso é essencial levar a criança ao endocrinologista e dermatologista, a fim de saber as questões hormonais envolvidas no aparecimento da acne e as melhores formas de cuidar da pele das crianças. 

Além disso, é importante que os pais fiquem atentos ao comportamento dos filho(a)s diante da presença da acne. Isso porque, ainda que seja uma condição comum, ela pode levar a problemas emocionais, dificuldades no relacionamento interpessoal e  até mesmo vergonha. A consulta ao endocrinologista é ainda mais primordial na faixa-etária de 7 a 8 anos e em casos de resistência ao tratamento. 

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Sobre o(a) autor(a): Dr. Egberto Ezequiel de Moura

O Dr. Egberto Ezequiel de Moura é Endocrinologista Pediátrico associado à Sociedade Brasileira de Pediatria e à SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Além do atendimento clínico, Dr. Egberto atua como tutor de prática de Endocrinologia Pediátrica do curso de Medicina da Universidade Potiguar (UnP).


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