Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas que sofrem com esse transtorno. O número coloca o país no top 1 de país mais ansioso de todo mundo.

A ansiedade é um sentimento humano comum, sentido por todos nós, assim como a tristeza e a raiva. Esse sentimento nos aflige, sobretudo, quando temos algo a fazer, como uma prova, viagem de férias ou até um encontro.

Considerada saudável, é conhecida também como ansiedade adaptativa, pois não prejudica os compromissos a serem feitos, nem o dia a dia do indivíduo. Alguns sintomas são: medo, inquietação e nervosismo.

 

Uma cabeça que não para: a ansiedade como transtorno

 

Provavelmente já ouviu falar que “tudo demais é veneno”, e é exatamente por isso que a ansiedade torna-se patológica – quando seus efeitos são excessivos e desproporcionais

Diferente da adaptativa, que não nos impede de fazer algo, a ansiedade patológica nos paralisa e seus efeitos são sentidos a longo prazo. Ou seja, mesmo que exista um lapso temporal, continua causando efeitos.

Imagine que está conversando com alguém – minutos depois chega mais uma pessoa – depois mais três, e todas elas falam ao mesmo tempo e sem parar querendo sua atenção. Você quer ouvir o que elas dizem, responder a cada uma, mas no final não faz nada.

É assim também com a ansiedade. Ela mistura sentimentos, situações e os amplifica. Até que a pessoa consiga conviver sem os sentimentos em constante conflito.

O indivíduo ansioso é controlado apenas por suas emoções, são impedidos de conviver socialmente e desenvolvem fobia social. Suas inseguranças começam a controlá-lo e suas atividades pessoais e profissionais não são cumpridas.

 

Como cuidar da saúde mental?

Assim como a saúde física, precisamos cuidar da nossa saúde mental. A ansiedade causa reações fisiológicas, assim como doenças que não têm ligação psicológica

É possível sentir dores no corpo, fadiga constante, dor de cabeça e tontura, tudo isso por causa de sentimentos descontrolados borbulhando em nossa mente.

Para se cuidar o primeiro passo é procurar ajuda, a ajuda médica é indicada para todos, principalmente quando se está sentindo que tem algo errado. O primeiro conselho é: faça atividade física.

De acordo com um estudo feito pela Escola de Saúde Pública de Harvard, quando incorporado à rotina o exercício físico reduz os riscos de depressão em 26%.  

A prática ajuda a liberar endorfina e serotonina, proporcionando sensação de bem-estar, além disso, aumenta a autoestima e a confiança.

Se mesmo após buscar ajuda psicológica e introduzir hábitos saudáveis – a ansiedade continuar debilitando sua saúde – é recomendável que busque ajuda psiquiátrica com um médico de sua confiança.

Ao contrário do que muitos pensam, a psiquiatra não cuida só de pessoas com distúrbios mentais, mas de todos aqueles que estão tendo a vida afetada pela mente humana.  Cuide bem da sua saúde, cuide bem de você!

 

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Sobre o(a) autor(a): Dra. Stefânie Rodrigues

Dra. Stefânie Rodrigues é Médica Psiquiátrica, formada na Universidade Federal de Campina Grande, com residência em Psiquiatria no Hospital Municipal do Campo Limpo, em São Paulo, SP. Atualmente, realiza Pós-Graduação em Psiquiatria Infantil na POSFG (SP).


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