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Como a violência doméstica pode afetar a saúde reprodutiva?

Para muitas mulheres, a violência deixa cicatrizes que vão além do físico, afetando profundamente a saúde mental e reprodutiva das vítimas. Hoje vamos explorar uma conexão delicada, porém crucial: a relação entre a violência doméstica e a saúde reprodutiva das mulheres.

Neste artigo, iremos abordar como a violência doméstica pode influenciar aspectos como fertilidade, saúde emocional e decisões reprodutivas das mulheres. Se você busca compreender e apoiar mulheres que enfrentam esse desafio e realidade tão dolorosa, este guia é para você.

Impacto psicológico da violência doméstica na saúde reprodutiva

Impacto psicológico da violência doméstica na saúde reprodutiva

Qualquer trauma pode afetar a nossa saúde para sempre, especialmente aqueles que causam efeitos na saúde mental – um trauma psicológico. São os mais diversos efeitos como medo, insegurança, rejeição e autoestima baixa.

No caso da violência doméstica, as vítimas normalmente sentem um estresse contínuo, o que, dependendo da intensidade, provoca até mesmo alterações no ciclo menstrual e nos hormônios femininos. As consequências são físicas e mentais. As mulheres sentem, literalmente, em seu corpo.

Além disso, situações como violência doméstica influenciam diretamente na questão hormonal de mulheres, como citado acima. Outro ponto importante é que a autoconfiança e autoestima da mulher também são afetadas, incluindo até, as capacidades reprodutivas. 

Isso porque há um impacto direto na qualidade de vida e bem-estar dessas mulheres gera um contexto em que a mulher dificilmente consegue engravidar ou manter uma gravidez.

Desafios na tomada de decisões reprodutivas

A violência contra a mulher é uma violação de direitos e, sobretudo, possui uma papel crucial no quesito da dignidade e autonomia reprodutiva da mulher. Ou seja, é necessário combater tais violações e proporcionar segurança e qualidade de vida para as vítimas de violência e, nesse caso, a doméstica. 

Para mulheres que vivem em ambientes tóxicos e, muitas vezes, violentos, é importante que haja uma rede de apoio. Que essa mulher seja acolhida e consegui sair desse contexto que afeta diretamente suas decisões reprodutivas e possíveis grávidez. O ciclo da violência deve ser encerrado.

Vale levar em consideração que há diversas maneiras a serem refletidas em relação às decisões acerca da contracepção e o planejamento familiar independente do contexto. 

Em um contexto de violência, as consequências são para além dos efeitos físicos, mas eles ficam literalmente marcados no corpo e na memória. Além disso, as lesões podem até impactar na fertilidade da vítima.

Eu quero te dizer… Você não está sozinha e pode sair dessa. A Lei Maria da Penha está aí para nos ajudar a sair de situações de violência doméstica e familiar. 

Buscando ajuda e recuperação

Buscando ajuda e recuperação

Nesse contexto, é de extrema importância o apoio psicológico especializado e uma rede de apoio para as sobreviventes da violência doméstica. Dessa forma, as formas que auxiliam na recuperação dessas mulheres a partir de um papel vital para reconstruir suas vidas.

A violência doméstica é uma realidade alarmante, que afeta sobretudo a saúde reprodutiva das mulheres. Ações como a conscientização quanto aos seus direitos e veículos de denúncias, o apoio e a busca por ajuda podem contribuir para superar a violência doméstica e estar inserida em um lar de amor, acolhimento e segurança. 

É necessário oferecer suporte às mulheres que enfrentam esses desafios, auxiliando-as a retomar o controle de suas vidas e escolhas.

Denuncie. A Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), está pronta para te ouvir e acolher. Sua vida vale muito! 

[música para inserir]

https://www.youtube.com/watch?v=lKmYTHgBNoE 

Confira outros conteúdos autorais sobre ginecologia aqui no blog de Vitta e me acompanhe através do Instagram: @paulaangelicalopes!

Sobre o(a) autor(a): Dra. Paula Angélica Lopes
Picture of Dra. Paula Angélica Lopes
Ginecologista e obstetra formada em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) com residência médica de Ginecologia e Obstetrícia na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC/UFRN).
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