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Entendendo e superando a dependência química

No agito do cotidiano, muitas vezes nos deparamos com desafios e obstáculos que podem parecer intransponíveis. Para alguns, dependência química é um desses que, embora muitas vezes seja silencioso, afeta inúmeras pessoas em todo o mundo.

A jornada de alguém que luta contra a dependência química é repleta de altos e baixos, conquistas e recaídas e, por isso, é tão importante buscar entendê-lo de uma forma que não promova a discriminação.

Aqui, vamos explorar o que é essa condição, as causas por trás dela, seus impactos na vida de indivíduos e na sociedade, bem como as estratégias de tratamento que oferecem esperança para uma vida livre das amarras da dependência. Continue a leitura!

O que é a dependência química

Muitas vezes conhecida como vício, essa dependência refere-se a um transtorno de saúde mental em que um indivíduo perde o controle sobre o uso de substâncias como álcool, drogas ou até medicamentos.

A Classificação Internacional de Doenças (CID), da Organização Mundial da Saúde, define a dependência química como um conjunto de comportamentos, cognições e sintomas fisiológicos que surgem após o uso repetido de uma substância.

Esse processo geralmente envolve diferentes estágios, que começam com o uso experimental, progride para o abuso e culmina na dependência, onde a pessoa não consegue mais controlar seu consumo.

O pior de tudo isso é que essa condição pode afetar qualquer pessoa, independentemente de sua origem social, econômica ou educacional, e exige intervenção profissional.

Homem soltando fumaça de cigarro eletrônico

Influências e comportamento

A dependência química resulta de uma complexa interação de fatores genéticos, ambientais e psicológicos. Por exemplo, pessoas com histórico familiar de dependência estão em maior risco, pois têm uma predisposição genética.

No entanto, o ambiente e a convivência também desempenham papéis significativos nesse processo. Fatores como a exposição a substâncias, estresse, trauma e falta de apoio social aumentam bastante a vulnerabilidade das pessoas.

Além disso, muitas vezes, alguns indivíduos recorrem a substâncias para automedicação de problemas emocionais ou de saúde mental não tratados corretamente, o que faz isso se tornar um perigoso agravante do ciclo da dependência.

Os impactos

As consequências dessa situação são devastadoras, abrangendo a saúde física e mental, bem como as relações e o funcionamento diário.

Fisicamente, o uso constante de substâncias pode levar a danos nos órgãos, desequilíbrios químicos no cérebro e até mesmo overdose. Já na esfera da saúde mental, a dependência está frequentemente ligada a transtornos de ansiedade, depressão e outros problemas que podem ser decorrentes de cada caso.Os relacionamentos familiares, sociais e profissionais também tendem a sofrer com o isolamento e os comportamentos prejudiciais dos dependentes, que terminam por afastar essas pessoas de suas vidas.

E, dentro desse ciclo vicioso da dependência, ao tentar sair, muitas pessoas são levadas a períodos de abstinência dolorosos, o que resulta em recaídas. Para superá-lo, é preciso uma atitude especial dessas pessoas: o reconhecimento da extensão desses impactos.

Mãos de pessoa se tocando em cima de uma mesa

Ações para superação da dependência química

A boa notícia é que a dependência química pode ser tratada e os resultados são animadores. Tudo isso depende do tratamento levado pela pessoa, que pode ser a abordagem terapêutica, a qual varia de acordo com as necessidades do paciente.

A família e amigos desempenham um papel vital, pois fornecem o apoio emocional e incentivo para que a recuperação seja entendida não apenas como um processo linear. As recaídas são comuns, mas devem ser vistas como oportunidades de aprendizado.

Casos de sucesso na recuperação mostram que, com a abordagem certa e o apoio adequado, as pessoas podem superar a dependência química, retomar o controle de suas vidas e alcançar a sobriedade duradoura. A compreensão, compaixão e tratamento são essenciais para ajudar os dependentes em sua jornada de recuperação!

Portanto, se você passa por uma situação parecida ou conhece alguém, não deixe de buscar ajuda profissional, ela é fundamental para o processo de recuperação e na esperança de que uma vida saudável e equilibrada está ao alcance!

Gostou desse conteúdo? Acompanhe meus outros artigos aqui no blog Vitta e saiba mais sobre informações e dicas sobre psiquiatria e como manter uma boa saúde mental!

Sobre o(a) autor(a): Dra. Stefânie Rodrigues
Picture of Dra. Stefânie Rodrigues
Dra. Stefânie Rodrigues é Médica Psiquiátrica, formada na Universidade Federal de Campina Grande, com residência em Psiquiatria no Hospital Municipal do Campo Limpo, em São Paulo, SP. Atualmente, realiza Pós-Graduação em Psiquiatria Infantil na POSFG (SP).
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