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Guiando a jornada: entenda os sangramentos na segunda metade da gestação

Hoje iremos conversar um pouco sobre uma questão que pode gerar preocupação nas futuras mamães: os sangramentos na segunda metade da gestação. Neste guia, abordarei as nuances desse tema, discutindo o que é normal, quando é necessário buscar ajuda e como garantir uma gestação saudável e tranquila. 

Se você está grávida ou conhece alguém que está, este artigo é essencial para uma jornada tranquila. 

 

Neste artigo, você vai entender mais sobre: 

  • Sangramentos na segunda metade da gestação: o que pode ser considerado normal
  • Quando os sangramentos são sinais de alerta
  • A necessidade da avaliação médica adequada
  • Estratégias para uma gravidez saudável

Sangramentos na segunda metade da gestação: o que pode ser considerado normal

A necessidade da avaliação médica adequada

Quando é observado um sangramento durante a gravidez, logo podemos ficar preocupados com a saúde da gestante e da criança que está sendo gerada. No entanto, pequenos sangramentos como o conhecido spotting — um sangramento de escape que pode acontecer durante ou fora do período menstrual — possuem certa normalidade.

Esses sangramentos leves podem ser causados por vários fatores como estresse, alterações hormonais e relações sexuais. Mas também deslocamento da placenta, infecção uterina e aborto espontâneo.

Vale lembrar que esse sangramento não é acompanhado de outros sintomas, ou seja, caso isso aconteça, como dores e cólicas fortes, é necessário ficar em alerta e buscar auxílio médico para avaliar o caso. Eles normalmente acontecem no primeiro e terceiro trimestre da gravidez.

Dessa forma, manter um bom diálogo com sua ginecologista e obstetra é fundamental para estar informada e, sobretudo, saber identificar e diferenciar quando não há a necessidade de se preocupar com um sangramento. 

Leia também: Gravidez Semana a Semana: saiba mais sobre desenvolvimento fetal e mudanças no corpo da mulher

Quando os sangramentos são sinais de alerta

Porém, há sangramentos na segunda metade da gestação com causas mais sérias. Nesses casos, especialmente, devemos redobrar os cuidados e ficar em alerta para manter a saúde da grávida e do bebê, e procurar ajuda médica imediatamente.

Sangramentos com origem da placenta prévia ou de descolamento prematura da placenta são extremamente preocupantes durante a gravidez. Conforme o Ministério da Saúde, a placenta prévia acontece quando há sangramento vaginal, indolor, vermelho vivo, imotivado e com saída. 

A placenta prévia é causada quando o tecido placentário (parcialmente ou total) estende-se sobre o orifício cervical interno. Sendo necessário suspeitar dessa condição após um sangramento intenso a partir das 24 semanas de gestação. 

No caso do deslocamento parcial ou total da placenta, quando acontece há a separação da placenta antes mesmo do nascimento da criança, em uma gravidez com mais de 20 semanas. Infelizmente, o resultado, muitas vezes, é uma grande hemorragia. O principal sintoma é o sangramento vaginal escurecido.

A necessidade da avaliação médica adequada

A necessidade da avaliação médica adequada

 

Para identificar alguma alteração durante a gestação e, sobretudo, ser um período saudável e seguro para a grávida e o bebê, é necessário a realização do pré-natal, além de exames como ultrassonografia para avaliar a formação da criança, por exemplo. 

Dessa forma, é importante realizar um planejamento de cuidados personalizados para garantir a segurança da mãe e do bebê que está se formando, ou seja, um atendimento multidisciplinar com profissionais das áreas da ginecologia, obstetrícia, nutrição, entre outros.

A partir desse acompanhamento, é possível identificar quais são as situações e sangramentos que precisam de mais atenção e urgência médica durante a gravidez.

Leia também: Parto prematuro: possíveis causas e sinais

Estratégias para uma gravidez saudável

Estratégias para uma gravidez saudável

 

Durante a gravidez, é fundamental reforçar os cuidados, justamente por ser um momento delicado na vida da mulher. Dessa forma, a grávida deve evitar atividades intensas como exercícios físicos mais pesados, além do consumo de bebidas alcoólicas e tabaco, e sem esquecer da necessidade de repouso. Ou seja, há modificações no estilo de vida grávida.

Mas como citado acima, esses cuidados devem ser acompanhados de um planejamento multidisciplinar com profissionais da saúde. Nesse período, a mulher fica ainda mais sensível devido às alterações hormonais, o suporte emocional e psicológico — uma rede de apoio — faz-se imprevisível. 

Embora os sangramentos na segunda metade da gestação possam ser preocupantes, muitas vezes, não há origens mais sérias e complexas. A comunicação aberta com seu profissional de saúde é crucial para avaliação e acompanhamentos durante a gravidez. Com uma abordagem adequada e cuidados, é possível garantir uma gravidez saudável para mãe e bebê.

 

Quer saber mais sobre gestação e outros assuntos relacionados à saúde da mulher? Confira outros conteúdos autorais sobre ginecologia aqui no blog e me acompanhe através do Instagram: @paulaangelicalopes!

 

Sobre o(a) autor(a): Dra. Paula Angélica Lopes
Picture of Dra. Paula Angélica Lopes
Ginecologista e obstetra formada em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) com residência médica de Ginecologia e Obstetrícia na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC/UFRN).
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