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Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade: maneiras de Lidar com o TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, mais conhecido pelas siglas TDAH, são palavras cada vez mais repetidas em nossa rotina, o que é decorrente da clareza cada vez maior em relação às descobertas dessa condição.

E, embora não exclua os adultos, sua frequência tem manifestações maiores em crianças e adolescentes, o que dá margem para preocupação de pais em relação aos filhos.

Se você quer saber mais sobre TDAH, continue sua leitura e se aprofunde através dos sintomas, causas, tratamentos e estratégias para lidar com os desafios associados a esse transtorno.

Desvendando e entendo os sintomas

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é uma condição neuropsiquiátrica que afeta as pessoas e tem sintomas persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade.

Os impactos a partir de seu desenvolvimento são variados, podendo fazer indivíduos terem problemas em manter a atenção em tarefas, tendem a ser inquietos e têm dificuldades em controlar comportamentos impulsivos.

Esses sintomas podem causar prejuízos em diferentes âmbitos, sejam sociais ou emocionais, interferindo na realização de tarefas escolares e de trabalho, relacionamentos interpessoais e nas atividades diárias.

A desatenção, por exemplo, se manifesta por dificuldades em prestar atenção a detalhes, cometer erros por descuido, ter dificuldades em manter o foco em tarefas, parecer desorganizado e esquecer compromissos.

Já a hiperatividade se caracteriza por uma inquietação motora excessiva, dificuldade em permanecer sentado, agir como se estivesse “a todo vapor” e ter dificuldade em relaxar.

Na impulsividade, acontecem interrupções dos outros ou falas em momentos inadequados e dificuldade em esperar a vez em situações sociais. No entanto, antes de determinar, é preciso ressaltar as variações possíveis de ocorrer entre os sintomas do TDAH.

Menino desatento e com caderno na lápis na mão

As suas decorrências

Embora seja cada vez mais falado sobre o assunto, as causas ainda não são totalmente compreendidas, no entanto, pesquisas sugerem que fatores genéticos, neuroquímicos e ambientais podem desempenhar um papel na sua origem.

A predisposição genética, está em casos passados entre os familiares, já nas alterações nos neurotransmissores, como dopamina e noradrenalina, há um risco por suas responsabilidades na regulação do humor e da atenção.

Já como os fatores ambientais contribuintes estão a exposição a toxinas durante a gestação, prematuridade e complicações no parto.

Diagnosticando e tratando

Para determinar os casos, é preciso realizar uma avaliação envolvendo profissionais da saúde mental, psiquiatras e psicólogos, para fazerem uma análise dos sintomas relatados, uma observação do comportamento e um histórico médico.

Quando confirmado o TDAH, é preciso partir para um tratamento que pode envolver também diferentes abordagens. Em um caso de uma terapia medicamentosa, que só pode acontecer através de um psiquiatra, é possível obter uma melhora no equilíbrio dos neurotransmissores envolvidos no TDAH.

Já uma Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) pode auxiliar no desenvolvimento de estratégias de gerenciamento de sintomas, aprimorando habilidades sociais e organizacionais.

A depender da situação do paciente, principalmente nos casos de crianças e adolescentes,  intervenções educacionais podem ser essenciais, o que inclui adaptações no ambiente escolar, planos de ensino individualizados e suporte educacional especializado.

As alternativas para lidar com o TDAH

Uma vez com o diagnóstico e seguindo o tratamento, é preciso estabelecer uma organização do dia a dia para que a melhora de fato aconteça.

Para isso, é preciso determinar ações como ter rotinas e horários consistentes, um ambiente organizado e livre de distrações e usar ferramentas de gerenciamento de tempo, como listas de tarefas e alarmes.

 A utilização de técnicas de autocontrole, como a pausa para respirar profundamente antes de agir impulsivamente, e a busca por suporte emocional e social também são importantes.

Uma ilustração de uma cabeça com peças desorganizadas e uma ilustração de uma cabeça com peças organizadas.

O apoio para tratar a condição

O apoio é fundamental no manejo do TDAH, pois contribui para uma maior eficácia do tratamento, sendo realizado como um trabalho conjunto, envolvendo todos ao redor do paciente.

A participação e compreensão da família, amigos e professores ou companheiros de trabalho são essenciais para fornecer suporte e incentivo.

Uma rede de apoio, faz a diferença no enfrentamento e no acompanhamento das conquistas avançadas ao longo do tempo, fazendo possível a superação dos desafios do TDAH e do alcance de uma vida plena e bem-sucedida.

Estabelecendo o controle através das ações certas

Como disso ao longo do artigo, é de suma importância a busca por um atendimento profissional sempre que os sintomas forem notados, sem ter a certeza ou tentar tratar sozinho, não tendo um auxílio de um profissional da saúde mental.

Isso porque se o tratamento não ocorre dentro das necessidades do caso, é possível que os impactos negativos só aumentem e a pessoa atinja níveis mais graves do TDAH.

Portanto, se perceber alguma manifestação em você ou alguém próximo, marque uma consulta; se diagnosticado, faça o tratamento corretamente e acredite no seu melhor — isso já será uma ajuda para essa conquista.Gostou desse conteúdo? Acompanhe meus outros artigos aqui no blog Vitta e saiba mais sobre informações e dicas sobre psiquiatria e como manter uma boa saúde mental!

Sobre o(a) autor(a): Dra. Stefânie Rodrigues
Picture of Dra. Stefânie Rodrigues
Dra. Stefânie Rodrigues é Médica Psiquiátrica, formada na Universidade Federal de Campina Grande, com residência em Psiquiatria no Hospital Municipal do Campo Limpo, em São Paulo, SP. Atualmente, realiza Pós-Graduação em Psiquiatria Infantil na POSFG (SP).
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