Você pode não ter ouvido falar ainda sobre as glândulas paratireoides tanto quanto outros órgãos do corpo, no entanto, são elas as que podem fazer com que o hiperparatireoidismo surja em seu corpo.
Tal condição acontece quando essas pequenas glândulas se tornam hiperativas, agindo de uma forma que afeta o equilíbrio do cálcio em nosso organismo.
Está confuso com isso tudo ainda? Calma, aqui neste artigo nós vamos explorar mais sobre esse hiperparatireoidismo e entender como reconhecer e tratar essa condição. Segue a leitura!
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O que é hiperparatireoidismo?
O hiperparatireoidismo é o resultado de uma produção excessiva do hormônio paratormônio (PTH), que é responsável por regular os níveis de cálcio no sangue, o que influencia a absorção intestinal, a reabsorção renal e a liberação de cálcio dos ossos.
Quando ocorre um desequilíbrio na produção de PTH, os níveis de cálcio no sangue tendem a aumentar, levando a uma série de complicações.
Esses casos podem ser classificados em diferentes tipos, incluindo primário, secundário e terciário, confira mais sobre cada um abaixo:
- No primário, ocorre uma hiperatividade direta das glândulas paratireoides, geralmente devido a adenomas (tumores benignos) ou hiperplasia;
- No secundário, surge como uma resposta a desequilíbrios em outras partes do corpo, como deficiência de vitamina D ou insuficiência renal;
- No terciário, é caracterizado por uma produção excessiva de PTH independente dos níveis de cálcio no sangue, frequentemente associada à insuficiência renal crônica de longo prazo.
Os sintomas dessa condição
Assim como os tipos, os sinais também podem variar amplamente e muitas vezes são inespecíficos, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.
Os pacientes podem apresentar desde sintomas leves até complicações graves, dependendo da gravidade e duração da condição.
Entre os sintomas mais comuns estão a fadiga persistente, fraqueza muscular, dores ósseas e articulares, especialmente nas costas e quadris, e aumento da suscetibilidade a fraturas ósseas devido à osteoporose induzida pelo hiperparatireoidismo.
Além disso, os pacientes podem experimentar problemas gastrointestinais, como constipação, perda de apetite, náuseas e vômitos, bem como alterações no humor, como irritabilidade e depressão.
Algo importante a se dizer é que o hiperparatireoidismo pode ser assintomático em estágios iniciais, o que pode levar a complicações mais graves se não for diagnosticado e tratado adequadamente.
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Como chegar ao diagnóstico
Para descobrir se o quadro é realmente favorável, existe uma abrangente abordagem, incluindo avaliação clínica, exames laboratoriais e, em alguns casos, exames de imagem. Mas alguns padrões podem ser seguidos…
Inicialmente, o médico pode suspeitar da condição com base nos sintomas apresentados pelo paciente e realizar um exame físico detalhado. Em seguida, são realizados exames de sangue para medir os níveis de cálcio e PTH no sangue.
Também é comum observar os níveis elevados ou inapropriados de PTH, além de exames de urina, que podem ser solicitados para avaliar a presença de hipercalciúria.
Outras necessidades, como os exames de imagem, levam pacientes a realizar ultrassonografias, ressonâncias magnéticas ou tomografias computadorizadas do pescoço e glândulas paratireoides.
E lembre-se: o diagnóstico preciso do é crucial para iniciar o tratamento adequado e prevenir complicações associadas à condição!
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A atenção com a sua saúde garante o seu bem!
O hiperparatireoidismo pode ter várias causas, incluindo fatores genéticos, ambientais e condições de saúde subjacentes. Para entender melhor isso, é preciso analisar detalhadamente cada caso, fazendo um estudo clínico da situação do paciente.
Mas é preciso saber que alguns fatores de risco contribuem para o desenvolvimento, como histórico familiar da doença, idade avançada, sexo feminino, histórico de radioterapia no pescoço e certas condições médicas, como doenças autoimunes e distúrbios ósseos.
Entender as causas e fatores de risco associados ao hiperparatireoidismo é fundamental para a prevenção e o manejo eficaz da condição. E identificar e tratar as condições subjacentes contribuem fortemente para reduzir o risco de complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes!
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