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Por dentro da hiperprolactinemia: uma condição pouco conhecida, mas que merece sua atenção

Imagine se, de repente, você começasse a apresentar sintomas como irregularidades menstruais ou uma diminuição inexplicável da libido. Já sentiu algum desses? Isso pode ser um indicativo de hiperprolactinemia.

Apesar de pouco conhecida, essa condição pode afetar significativamente a qualidade de vida de homens e mulheres e merece sua atenção.

Por isso, neste artigo, vamos entender mais sobre a hiperprolactinemia, através de suas causas, sintomas e as opções de tratamento disponíveis. Leia com atenção até o fim para garantir o melhor para sua saúde!

Leia também: Hipertireoidismo na gravidez: entenda como superar esse obstáculo

O que é Hiperprolactinemia?

Essa condição é caracterizada por níveis elevados de prolactina no sangue, um hormônio produzido pela glândula hipófise e localizada na base do cérebro, essencial para a produção de leite nas mulheres após o parto.

No entanto, quando a prolactina está excessivamente alta fora desse contexto, pode causar diversos problemas de saúde tanto em mulheres quanto em homens. 

E você precisa entender isso para o bem de sua saúde endocrinológica! Isso porque, quando seu corpo sofre com a hiperprolactinemia, as complicações podem afetar desde a fertilidade até a função sexual e o bem-estar geral.

Glóbulos sanguíneos

Entendendo as causas

A hiperprolactinemia pode ser desencadeada por vários fatores em diferentes momentos da vida, confira abaixo alguns dos mais comuns que atingem nossos corpos.

Causas Fisiológicas

Isso acontece normalmente durante a gravidez e a lactação, de forma considerada normal, principalmente porque os níveis de prolactina tendem a aumentar para facilitar a produção de leite.

Condições Médicas

Nesses casos, podem ser advindas de tumores hipofisários (prolactinomas), que são benignos na hipófise e podem causar um aumento significativo na produção de prolactina. Também é possível ter relação com o hipotireoidismo, com a baixa função da tireoide, levando a um aumento na produção de prolactina.

Uso de Medicamentos

Aqui, os antipsicóticos e antidepressivos, especialmente aqueles que afetam os níveis de dopamina, podem elevar a tal condição.

Demais causas

Além do que já citei, também vale lembrar que o estresse físico ou emocional pode temporariamente aumentar os níveis de prolactina, além de atividades físicas muito intensas, que não respeitam os limites do corpo.

Leia também: Andropausa: sintomas e cuidados essenciais

Os sintomas que relacionam a condição

Como já disse no início do artigo, alguns sintomas podem ser comuns, no entanto, também variam entre homens e mulheres, o que necessita ainda mais de atenção!

Nas mulheres, é possível perceber através de irregularidades dos ciclos menstruais, da dificuldade para engravidar devido às disfunções hormonais e em uma quantidade de leite produzida fora do período da amamentação.

Já quando se fala dos homens, é percebido uma redução da libido, dificuldade em manter ereção e até ginecomastia, que é o desenvolvimento de tecido mamário.

Apesar do que foi dito acima, alguns sintomas também são comuns entre os dois gêneros. As dores de cabeça, por exemplo, podem ser causadas por tumores hipofisários, enquanto os problemas de visão surgem por tumores que podem pressionar os nervos ópticos.

Homem cabisbaixo, em primeiro plano, sentado na ponta da cama, com mulher ao fundo, também na cama, de braços cruzados

Partindo para a recuperação…

O tratamento da hiperprolactinemia depende da causa subjacente, por isso, cada caso deve ter cuidado e dedicação especiais, que garantam a recuperação adequada. De toda forma, abaixo, trago algumas opções que podem ser abordadas.

O uso de medicamentos, por exemplo, são eficazes em reduzir os níveis de prolactina, pois eles agem estimulando os receptores de dopamina, o que ajuda a diminuir a produção de prolactina pela hipófise.

Já a cirurgia de remoção de tumores hipofisários é necessária quando os prolactinomas não respondem bem ao tratamento medicamentoso ou causam problemas significativos.

Em todo caso, é essencial manter um acompanhamento regular com um endocrinologista para monitorar os níveis hormonais e ajustar o tratamento conforme necessário.

E tudo isso vem junto de mudanças no estilo de vida, como a adoção de técnicas de gerenciamento do estresse  para manter os níveis hormonais equilibrados e o ajuste de medicamentos, que podem.

Leia também: Menopausa precoce e as possibilidades de gravidez: tudo o que você precisa saber!

Devolvendo seu bem-estar

Como deu para perceber, a hiperprolactinemia é uma condição tratável, mas requer atenção adequada para ser gerenciada de forma eficaz.

Se você suspeita que pode estar sofrendo de hiperprolactinemia, não hesite em procurar um endocrinologista. Com o tratamento adequado, é possível controlar os sintomas e melhorar significativamente a qualidade de vida!

E se você já está enfrentando essa condição, não desanime! A maioria das pessoas responde bem ao tratamento e há muitas opções disponíveis para ajudar a controlar essa condição.

Para mais conteúdos como este, acompanhe meus próximos artigos aqui no site ou me siga no Instagram: @verushkatinoco.

Sobre o(a) autor(a): Dra. Verushka Tinoco
Picture of Dra. Verushka Tinoco
Médica Endocrinologista há mais de uma década, possui residência em endocrinologia no Rio de Janeiro. Em seguida, se especializou em nutrição clínica (SP), oferecendo aos seus pacientes um atendimento personalizado, humanizado e assertivo.
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