Anteriormente, expliquei sobre o que é a hiperprolactinemia, quais são os seus sintomas e opções de tratamentos. 

Se você conferiu, sabe que a prolactina desempenha papéis importantes no corpo,  principalmente relacionados à lactação pós-parto, mas também influencia a regulação do ciclo menstrual e a função reprodutiva em geral.

Hoje, irei apresentar quais são as principais causas da produção excessiva de prolactina e como prevenir esta condição. Continue a leitura!

Descubra quais são as 8 principais causas e como preveni-las! 

principais causas da produção excessiva de prolactina

A condição pode ter diversas causas, que variam desde condições fisiológicas até problemas patológicos e influências externas. Entre elas, podemos destacar:

1- Prolactinomas

Tumores benignos da glândula pituitária que produzem prolactina em excesso são a causa mais comum de hiperprolactinemia. 

Esses tumores podem variar em tamanho e impactar a produção hormonal de forma significativa.

Embora não haja medidas preventivas específicas para os prolactinomas, os pacientes podem monitorar o quadro através do acompanhamento endócrino regular, permitindo uma intervenção precoce caso necessário.

2- Medicamentos

Certos medicamentos, como antipsicóticos, antidepressivos, antieméticos e até alguns medicamentos para hipertensão, podem elevar os níveis de prolactina. 

Eles interferem na regulação hormonal do cérebro, afetando a secreção de prolactina.

Se o uso de medicamentos for a causa do aumento dos níveis de prolactina, é possível prevenir o quadro através da alteração e monitoramento desses medicamentos sob a supervisão de uma especialista.

3- Hipotireoidismo

A função inadequada da tireoide pode levar a um aumento na produção de prolactina. 

O hipotireoidismo, ao reduzir a produção de hormônios tireoidianos, provoca um aumento compensatório da prolactina.

Apesar de não haver uma prevenção primária específica para o hipotireoidismo, adotar um estilo de vida saudável, incluindo a prática regular de exercícios e uma dieta equilibrada, pode ajudar a reduzir o risco dessa condição.

4- Outras condições médicas

Doenças renais crônicas, cirrose hepática e a síndrome dos ovários policísticos (SOP) são condições que podem elevar os níveis de prolactina. 

Essas condições afetam o equilíbrio hormonal do corpo, resultando em hiperprolactinemia.

A prevenção dessas condições envolve um acompanhamento multidisciplinar e o tratamento assertivo de cada uma delas, visando manter a saúde hormonal em equilíbrio.

5- Gravidez e lactação

Durante a gravidez e a lactação, os níveis de prolactina naturalmente aumentam para preparar o corpo para a produção de leite. 

Este aumento é fisiológico e geralmente temporário, normalizando após o período de amamentação.

Nesses casos, o acompanhamento endocrinológico é fundamental para garantir a segurança da saúde da mãe e do bebê durante esse período.

6- Estresse 

O estresse físico e emocional pode influenciar os níveis de prolactina. Situações estressantes aumentam a liberação de prolactina como parte da resposta do corpo ao estresse.

A gestão do estresse é essencial para prevenir o quadro, e a adoção de hábitos e hobbies relaxantes pode contribuir significativamente para isso.

7- Lesões ou irritações na parede torácica

Condições como herpes zoster ou trauma torácico podem estimular a produção de prolactina.

 A prevenção dessas situações muitas vezes envolve medidas de segurança adequadas e, em alguns casos, o tratamento precoce das lesões para evitar complicações.

8- Macroprolactinemia

Em alguns casos, a prolactina pode estar presente no sangue em uma forma de maior peso molecular, chamada macroprolactina, que pode levar a níveis elevados sem causar sintomas significativos.

O acompanhamento regular dos níveis hormonais pode ajudar a identificar e monitorar essa condição.

Veja também: Hipertireoidismo na gravidez: entenda como superar esse obstáculo

A endocrinologista desempenha um papel crucial no diagnóstico e tratamento da hiperprolactinemia.

Com o diagnóstico correto e um plano personalizado, os pacientes podem controlar os sintomas e levar uma vida saudável. 

Se você apresenta sinais de hiperprolactinemia, marque uma consulta com uma especialista em endocrinologia para uma avaliação precisa. 

A saúde hormonal é um componente vital do bem-estar geral, e buscar o cuidado adequado é o primeiro passo para a recuperação.

Entenda sobre: Qual é a relação entre os hormônios e a saúde mental?

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Sobre o(a) autor(a): Dra. Verushka Tinoco

Médica Endocrinologista há mais de uma década, possui residência em endocrinologia no Rio de Janeiro. Em seguida, se especializou em nutrição clínica (SP), oferecendo aos seus pacientes um atendimento personalizado, humanizado e assertivo.


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